“Agro brasileiro não é responsável pelo aquecimento global”, diz senador

Segundo o senador Luis Carlos Heinze, durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja, a contribuição da China, dos Estados Unidos, da União Europeia não é levada em conta por outras nações, mesmo sendo os maiores emissores do mundo

 

A rastreabilidade e a sustentabilidade da produção agropecuária estão se tornando cada vez mais importantes para os consumidores. Eles querem saber de onde vêm os produtos que estão consumindo e ter a certeza de que não estão contribuindo para o desmatamento ou para violações de direitos humanos.

Esse tema foi um dos destaques durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja, que aconteceu na última sexta-feira em Tapera, no Rio Grande do Sul. O senador Luis Carlos Heinze abordou a importância de comprovar que a soja, o milho, a carne e outros produtos do agronegócio brasileiro estão livres de problemas com desmatamento ou direitos humanos.

“A agricultura brasileira não é responsável pelo aquecimento global. A causa desse problema não está no arroto, nos gases emitidos pelas nossas vacas, nosso gado. Ninguém fala da contribuição da China, dos Estados Unidos, da União Europeia, dos automóveis, sendo os maiores emissores”.

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Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Heinze defendeu a agricultura brasileira e disse que ela é um exemplo de sustentabilidade. Ele ressaltou que o Brasil tem um dos códigos florestais mais restritivos do mundo e que os produtores rurais brasileiros são muito eficientes.

“A Europa vem aplicando medidas restritivas à agricultura brasileira, enquanto países como China e Índia têm altos índices de emissão de gases e nada lhes acontece. Nós [Brasil], o agro, não somos responsáveis pelo aquecimento global”.

O senador também falou sobre a importância da COP30, que será realizada no Brasil em 2024. Ele disse que o Brasil precisa aproveitar essa oportunidade para mostrar ao mundo a sua agricultura sustentável e para defender seus interesses.

“É a oportunidade de nós dizermos o que o Brasil quer do mundo, não o que o mundo quer do Brasil. […] Temos que mostrar para as pessoas da cidade que toda vez que elas se reúnem para uma ocasião, uma festa, a agropecuária está no centro das atenções, na comida. O mesmo vale para a dona de casa na Europa, que precisa entender que toda vez que ela pega um produto brasileiro na prateleira do supermercado, precisa saber que ele chega lá com muita qualidade”.

Além do senador, o deputado federal Alceu Moreira abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura, pesquisa e tecnologia para aumentar a produtividade e competitividade do agronegócio brasileiro.