Como superar o efeito das mudanças climáticas no agro?

Para enfrentar diversos desafios, o agronegócio precisa adotar medidas urgentes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas

As mudanças climáticas já estão impactando o agronegócio brasileiro, e as projeções indicam que os impactos serão ainda mais graves nos próximos anos. Temperaturas mais altas, eventos climáticos extremos e mudanças nos padrões de precipitação estão afetando a produtividade agrícola, a disponibilidade de água e a qualidade do solo.

Para enfrentar esses desafios, o agronegócio precisa adotar medidas urgentes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. As medidas de mitigação visam reduzir as emissões de gases de efeito estufa, enquanto as medidas de adaptação visam tornar o setor mais resiliente aos impactos das mudanças climáticas.

De acordo com Caio Magri, diretor do Instituto Ethos, algumas medidas de mitigação que podem ser adotadas no setor agropecuário são:

Promoção de uma agricultura de baixa emissão de carbono

isso pode ser feito por meio da adoção de práticas como a rotação de culturas, o manejo de resíduos e a fertilização equilibrada.

Agroflorestas

As agroflorestas são sistemas que combinam árvores, plantas agrícolas e pastagens, e podem ajudar a capturar carbono da atmosfera.

Reflorestamento

O reflorestamento é uma forma de restaurar as florestas que foram desmatadas, o que ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Gestão sustentável de resíduos

A gestão sustentável de resíduos agrícolas pode ajudar a evitar a liberação de gases de efeito estufa na atmosfera.

Diversificação de culturas

A diversificação de culturas pode ajudar a reduzir o risco de perdas causadas por eventos climáticos extremos.

Uso eficiente da água

O uso eficiente da água é essencial para garantir a disponibilidade de água para a agricultura em um cenário de mudanças climáticas.

Incorporação de tecnologia e inovação

A tecnologia e a inovação podem ajudar os agricultores a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas, por exemplo, fornecendo previsões meteorológicas mais precisas e ajudando no desenvolvimento de variedades de plantas mais resistentes.

Magri ainda ressalta, “a parceria e a colaboração com outras instituições de pesquisa e partes interessadas são fundamentais para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”.

O setor agropecuário tem o potencial de desempenhar um papel importante na redução das emissões de gases de efeito estufa, na promoção de práticas sustentáveis e na implementação de medidas de mitigação e adaptação.

Caio Magri
Caio Magri é graduado em Sociologia pela USP, foi gerente de políticas públicas da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, além de coordenador do Programa de Políticas Públicas para a Juventude da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (SP). Sob a coordenação de Oded Grajew, integrou a equipe da Assessoria Especial do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Atualmente é presidente do Instituto Ethos e participa como membro dos seguintes conselhos: Transparência Pública e Combate à Corrupção (CGU); Pró-Ética (CGU); Agro + (MAPA); Infra + (MInfra); Rede Nossa São Paulo; Instituto de Apoio a Crianças e Adolescentes com Doenças Renais (ICRIM); Associação São Agostinho (ASA); Instituto Brasileiro de Autorregulação no Setor de Infraestrutura (IBRIC); Instituto Ética e Saúde; e Fundo JBS Amazônia.