Rio Grande do Sul apresenta metas para controle de emissões de GEE no agronegócio

O principal objetivo do Plano é promover a adaptação às mudanças do clima, com aumento de eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural

As metas até 2030 para o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor agropecuário gaúcho foram apresentadas nesta última quarta-feira (8) em evento realizado no auditório do Ministério Público Estadual, em Porto Alegre.

O engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) Jackson Brilhante, coordenador do Comitê Gestor do Plano ABC+RS, apresentou os objetivos do Plano no 4º Fórum Institucional de Mudanças Climáticas de Economia de Baixo Carbono, organizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e Instituto Latino Americano de Desenvolvimento Econômico Sustentável (ILADES).

O principal objetivo do Plano é promover a adaptação às mudanças do clima, com aumento de eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural. De acordo com Jackson, são oito as metas previstas para estímulo à adoção de sistemas, práticas, produtos e processos de produção sustentável.

Metas

Rio Grande Do Sul

Foto: Secretaria RS

  • Ampliar em 1,43 milhões de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD);
  • Ampliar em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto;
  • Ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de Sistemas de Integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e 5 mil hectares referentes a Sistemas Agroflorestais (10% da meta nacional, com maior percentual);
  • Ampliar em 322 mil de hectares a área com adoção de florestas plantadas;
  • Ampliar em 1 milhão de hectares a área com adoção de bioinsumos;
  • Ampliar em 216 mil hectares a área com adoção de Sistemas Irrigados;
  • Ampliar em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da produção animal;
  • Ampliar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.

“Se atingirmos as metas, teremos uma expansão de 4,6 milhões de hectares com agricultura de baixo carbono até 2030 e a mitigação de 75 milhões de dióxido de carbono equivalente (tCO2eq) com a adoção destas práticas agrícolas”, afirma Jackson.

As federações gaúchas que assinaram o protocolo de intenções do Plano de Descarbonização das Cadeias Produtivas do Rio Grande do Sul, em maio deste ano, foram a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do RS (Fecomércio-RS) e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

O Plano ABC+RS é uma iniciativa do governo do Estado do Rio Grande do Sul, em parceria com a sociedade civil, para reduzir as emissões de GEE e promover a sustentabilidade do setor agropecuário.