Robô “trabalha dia e noite” auxiliando produtor no manejo da lavoura

A era da Agricultura 4.0 chegou ao campo, trazendo uma série de inovações tecnológicas que transformam como o homem do campo trabalha.

Integração de sistemas, automação, monitoramento e conectividade são as principais características dessa nova era, que promete aumentar a produtividade, reduzir custos e tornar a produção mais sustentável.

Solix: o robô que trabalha dia e noite

Foto: Solinftec

Um exemplo dessa revolução tecnológica é o robô Solix, desenvolvido pela empresa brasileira Solinftec. Equipado com painéis solares, o Solix funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, realizando diversas tarefas no campo, como:

• Monitoramento da lavoura: o robô identifica e mapeia plantas daninhas, pragas e doenças, fornecendo informações precisas para o produtor tomar decisões mais assertivas.
• Eliminação de plantas daninhas e pragas: o Solix utiliza luz negra para atrair e eliminar insetos adultos, além de aplicar herbicidas de forma localizada, reduzindo o uso de produtos químicos.
• Redução de custos e aumento da produtividade: a combinação de monitoramento e controle preciso de pragas e plantas daninhas permite otimizar o uso de recursos, reduzir custos e aumentar a produtividade da lavoura.

“A ideia do robô está totalmente ‘linkada’ nessa vertente sustentável. Ele é um robô que não usa combustíveis fósseis e funciona no campo o tempo inteiro, representando os olhos do produtor no campo”, diz Patrícia Dias, Especialista Agronômica da Solinftec.

Em uma fazenda em Araçatuba, interior de São Paulo, o robô foi se desenvolvendo para chegar mais próximo das necessidades do produtor rural.

Com os testes, foram se desenvolvendo diversas tecnologias. Uma delas, é focada em atrair os insetos que atacam as lavouras por meio de uma luz, para depois eliminá-los.

“Existe uma necessidade de diminuir a utilização de produtos fitossanitários. Uma das maneiras de auxiliar nessa diminuição é controlando os insetos adultos antes deles entrarem na lavoura e começarem a danificar a cultura. Através do ‘hunter’, atraímos os insetos adultos durante a noite e os eliminamos através de choque. É uma solução sem produtos químicos, que podemos dizer totalmente sustentável“, destaca a especialista.

Agricultura 4.0

Foto: Eduardo Cesar/Pesquisa FAPESP

A Agricultura 4.0 está apenas começando a mostrar seu potencial.

Novas tecnologias estão sendo desenvolvidas constantemente, com o objetivo de tornar a agricultura cada vez mais eficiente, sustentável e lucrativa.

A adoção de tecnologias pode proporcionar um aumento significativo na produtividade das lavouras. Isso é possível graças à implementação de técnicas avançadas que otimizam os processos de plantio, cultivo e colheita, resultando em uma produção mais eficiente.

Além do aumento da produtividade, a utilização dessas tecnologias também pode levar à redução de custos. Isso ocorre devido à otimização do uso de recursos, como água, energia e defensivos agrícolas, contribuindo para uma gestão mais eficiente dos recursos disponíveis.

A sustentabilidade é outra vantagem dessas tecnologias, uma vez que possibilitam um menor impacto ambiental e uma maior preservação dos recursos naturais. Ao utilizar métodos mais eficientes de produção, é possível reduzir a emissão de poluentes e minimizar o desperdício de recursos.

Quais as principais tecnologias?

Photo: Pixabay

Drones são ferramentas cada vez mais utilizadas na agricultura moderna, empregados para mapeamento, monitoramento e pulverização de defensivos agrícolas. Esses dispositivos permitem uma gestão mais precisa e eficiente das plantações, resultando em melhores resultados de produção.

Sensores são outra tecnologia importante, coletando dados sobre o clima, o solo e as condições da plantação. Essas informações são essenciais para uma gestão mais precisa da produção, permitindo ajustes em tempo real para otimizar os resultados.

Por fim, outra tecnologia amplamente utilizada, é o uso de big data e inteligência artificial. A IA possibilita a análise de grandes volumes de dados para identificar padrões, prever problemas e tomar decisões mais eficientes. Isso permite uma gestão mais inteligente e estratégica das lavouras, maximizando os resultados e reduzindo os riscos.

Editado por Guilherme Nannini