Brasil ressalta sustentabilidade do agro nacional no Reino Unido

O Brasil apresentou alguns dos principais aspectos sobre a sustentabilidade do agronegócio nacional a autoridades, parlamentares e empresários britânicos no Reino Unido na semana passada. O evento ocorreu na Embaixada do Brasil em Londres e contou com a palestra do presidente da Embrapa, Celso Moretti, que destacou a transformação da agricultura brasileira dos últimos 50 […]

Brasil ressalta sustentabilidade do agro nacional no Reino Unido

O Brasil apresentou alguns dos principais aspectos sobre a sustentabilidade do agronegócio nacional a autoridades, parlamentares e empresários britânicos no Reino Unido na semana passada.

O evento ocorreu na Embaixada do Brasil em Londres e contou com a palestra do presidente da Embrapa, Celso Moretti, que destacou a transformação da agricultura brasileira dos últimos 50 anos.

Moretti destacou o conjunto de tecnologias da Embrapa que visa a descarbonização da agricultura. “É possível alimentar o mundo e proteger o meio ambiente, com políticas públicas e uma agricultura de baixo carbono”, destacou.

O seminário “Agricultura Sustentável: o que já está funcionando?” contou também com a participação do Embaixador do Brasil no Reino Unido, Fred Arruda.

“Nosso país tem 66.3% do seu território preservado, somos responsáveis por alimentar mais de 800 milhões de pessoas ao redor do mundo e exportamos para mais de 200 países”, destacou Moretti, citando dados de estudos da Embrapa, do Ministério do Meio Ambiente, do IBGE e do Terraclass.

De acordo com Moretti, o território brasileiro é composto por 33,2% de áreas destinadas à preservação da vegetação nativa no Brasil, 9,4% de unidades de conservação integral, 13,8% de terras indígenas, 9,9% de vegetação nativa em áreas militares e terras devolutas, o que totalizam 66,3% de áreas preservadas. Lavouras e pastagens somam 7,8% e 21,2% respectivamente.

Entre as políticas públicas que dão suporte à descarbonização da agricultura, Moretti destacou o Código Florestal brasileiro, o Renovabio, o Plano ABC de Agricultura de Baixo Carbono e o Pronasolos.

No âmbito do Plano ABC, lembrou que atualmente o governo brasileiro implementa o ABC+, que financia práticas como Fixação Biológica do Nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas, plantio de florestas, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e manejo sustentável da produção.

Como exemplos concretos, já são 38,5 milhões de hectares de áreas cultivadas com o uso do FBN anualmente, 17 milhões de hectares em ILPF (com meta chegar a 2030 com 30 milhões de hectares) e protocolos para produção de carne, soja, café e leite de baixo carbono.

“Nossa participação no seminário foi de grande relevância e gerou um forte impacto aos participantes, especialmente sobre a preservação. Tivemos a oportunidade de apresentar as políticas públicas para a sustentabilidade da agricultura brasileira e as tecnologias para a descarbonização”, afirmou o presidente da Embrapa.

Durante a viagem, Moretti também se reuniu com a diretora do Global Panel on Agriculture and Food Systems for Nutrition, professora Sandy Thomas e com diretores da multinacional Indiana UPL.

Na pauta, a construção de novos acordos de cooperação nas áreas de mudanças climáticas, agricultura de baixo carbono e desenvolvimento de novos produtos no âmbito do conjunto de projetos da Embrapa em bioinsumos.

Atualmente, a Embrapa já possui um acordo de cooperação com a UPL visando principalmente a exportação de pulses e grão de bico para o país asiático. E mais recentemente, um acordo de cooperação para a produção de canola.