Energias Eólica e solar somadas têm a 2ª maior participação na Oferta Interna de Energia Elétrica

A geração eólica de 2021 vai ficar próxima de 73 TWh, com crescimento de 28%, e a geração solar, com cerca de 18 TWh, deverá crescer 69%.

Energias Eólica e solar somadas têm a 2ª maior participação na Oferta Interna de Energia Elétrica

De acordo com o Boletim Mensal de Energia de outubro, a Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) ou Demanda Total de Energia Elétrica, deve crescer 4,8% em 2021. A OIEE inclui todo o consumo, perdas na transmissão e distribuição de energia elétrica.

Apesar dessa alta taxa, as fontes eólicas e solar sobem 3 pontos percentuais (pp) na composição da matriz da OIEE, chegando a 13,5% (perdendo somente para a hidráulica, com 56,7%). A oferta de energia elétrica gerada a partir de térmicas a gás natural, que em 2021 deve crescer 55%, coloca esta fonte em terceiro lugar, com 12,2% (3,9 pp acima do indicador de 2020).

A geração eólica de 2021 vai ficar próxima de 73 TWh, com crescimento de 28%, e a geração solar, com cerca de 18 TWh, deverá crescer 69%. Na geração solar, a geração distribuída pode crescer 120%, quatro vezes o indicador da geração centralizada.

Apesar das altas taxas de solar e eólica, as fontes renováveis na OIEE vão perder participação perto de 6 pp, em razão de um recuo de 9% na geração hidráulica, prejudicada pelo agravamento da seca em 2021.

Vale destacar que, com os 13,5% de participação de eólica e solar na OIEE, o Brasil já ultrapassa o indicador dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), previsto em 13% para 2021.

Para a demanda total de energia, que inclui a OIEE e todas as demais fontes e usos de energia, é esperado um crescimento de 4,6% em 2021, com as fontes fósseis tendo uma recuperação das perdas ocorridas em 2020, principalmente na indústria e transportes. Nessa matriz, as fontes renováveis também devem perder participação, em torno de 4 pp.

Essas e outras informações estão disponíveis no Boletim Mensal de Energia de outubro, elaborado pelo Departamento de Informações e Estudos Energéticos da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME).

Com informações do Ministério de Minas e Energia