Amazônia: Marina Silva destaca busca por desenvolvimento sustentável na floresta

A ministra ainda disse que a cooperação regional é extremamente necessária para que a sustentabilidade completa possa ser atingida na Amazônia

Na abertura dos Diálogos Amazônicos, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, enfatizou a necessidade de estabelecer um mandato para os países da região da Amazônia, visando a cooperação em um modelo de desenvolvimento que promova a sustentabilidade em todas as suas dimensões.

“É uma expectativa muito grande de, em plena mudança climática, de destruição avançada da nossa floresta, de todas as formas de criminalidade, do garimpo ilegal, a gente possa sair daqui com uma declaração que vai nos trazer esperança”, destacou a ministra.

Evento prévio à Cúpula da Amazônia busca propostas da sociedade civil

Marina Silva, Amazônia

Foto: Agência Brasil

Os Diálogos Amazônicos, realizados em Belém, precedem a Cúpula da Amazônia e têm como responsabilidade produzir propostas da sociedade civil para serem apresentadas aos presidentes dos países amazônicos participantes da cúpula.

A ministra Marina Silva expressou a esperança de que a declaração resultante desses diálogos traga esperança em meio à crise climática e à destruição da floresta.

Reunião da OTCA e participantes convidados

A Cúpula da Amazônia reúne os países membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), composta por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

Além disso, foram convidados participantes adicionais como a Guiana Francesa, que possui territórios amazônicos, bem como a Indonésia e o Congo, nações com extensas florestas tropicais.

Enfoque na participação social e projeção para eventos futuros

Amazônia, Diálogos Amazônicos

Foto: Envato

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, ressaltou a importância da participação social como base para a construção de um projeto coletivo. Os Diálogos Amazônicos resultarão em relatórios a serem apresentados aos presidentes na Cúpula.

Já o governador do Pará, Helder Barbalho, destacou que esses eventos são o início de um processo que culminará em Belém sediando a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas em 2025, a COP 30.

Voz da população da Amazônia

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, reforçou a importância da inclusão da população local nas discussões sobre a Amazônia.

Ele enfatizou que a região não é apenas um território vazio, mas habitado por 30 milhões de seres humanos de diversas etnias, línguas e culturas, que desejam um projeto para toda a humanidade baseado na conservação da Amazônia e no respeito às vozes amazônidas.

“Não somos uma região sem gente. São 30 milhões de seres humanos de centenas de etnias, com muitas vozes que se expressam em línguas diferentes, mais de 300 línguas. Os amazônidas amam a humanidade, querem um projeto para toda a humanidade, têm consciência de que a Amazônia é fundamental para isso, mas não aceitamos que a voz dos amazônidas não seja considerada quando se trata de pensar o futuro em nome da Amazônia”, afirmou.

Por Agência Brasil com edição de Guilherme Nannini