Quais as soluções para as áreas degradadas?

No primeiro painel da série de Lives da Agropecuária do Futuro, foi destacado o melhor manejo do solo, o uso do escritório verde e a Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta

Quais as soluções para as áreas degradadas?

Nesta terça-feira (21), o Planeta Campo começou a série de lives da AgroPecuária do Futuro. O evento ocorreu na TV e site do Canal Rural e prioriza o debate de temas importantes para solução dos desafios do campo relacionados a sustentabilidade.

No primeiro painel do dia, o foco foram as soluções para as áreas degradadas. Para debater sobre o tema, estiveram presentes Gustavo Spadotti, chefe-geral da Empraba Territorial, Liège Correia, diretora de sustentabilidade da Friboi, Maurício Velloso, presidente da Associação Nacional da Pecuária de Corte e Rogério Melo, gerente de carbono da UPL.

Uma das grandes dificuldades para a recuperação dos solos degradados são os custos altos para que essas áreas sejam restauradas. Segundo Melo, o produtor deve estar atento a região que está presente já que cada uma tem um custo específico e que pode ser mais alto.

“O produtor não pode simplesmente ignorar as tendências regionais. Há regiões com mais dificuldades, em que o clima acaba atrapalhando, a vegetação é mais seca. Por exemplo, o custo na Mata Atlântica é menos elevado, já para o pampa é mais alto. Para conseguir a recuperação é necessário que o produtor se adeque a sua realidade”.

Já para Velloso, o processo de degradação pode ser recuperado não só com o investimento mas sim com manejo correto.

“Não são os valores, nem insumos mais caros e sim os desperdícios ocorridos na propriedade, principalmente das pastagens. Os manejos são essenciais porque são eles que fazem que a degradação não seja enormeAinda há necessidade de diferenciar as áreas carentes para que não haja desperdício, principalmente com a Integração Lavoura Pecuária Floresta.”

Ainda Velloso destaca que a intensificação de pastagens pode ser a solução para que não haja a degradação de pastagens por uso indevido de terra.

“O pecuarista precisa identificar o rebanho, individualizá-lo e saber onde ele quer chegar com esse rebanho. Além disso é necessário um cálculo do que esses animais vão comer para não haver desperdício. Tem de haver planejamento. O pecuarista tem que conhecer a fundo o seu rebanho. Hoje não se permite mais amadorismo. Tem de se planejar para saber quando os animais vão virar dinheiro, quanta despesa eles vão dar junto ao fluxo de caixa previsto. Por isso a intensificação das pastagens junto ao planejamento pode ajudar o gado a se desenvolver mais rapidamente e evitar com que haja mais áreas degradadas”, destaca.

Spadotti, complementou sobre a intensificação dos pastos dizendo que os ganhos com o uso da técnica junto a ILPF podem ser infinitos.

“O ILPF ajuda demais nesse processo de recuperação das áreas degradadas. Quando usamos essa técnica junto ao meio ambiente, o agro cresce, esse crescimento tem de vir junto.  O Brasil vem dando passos extraordinários nesse sentido.”

Por fim, para Liège um dos fatores fundamentais para que não haja desperdício é o reflorestamento a partir do uso do escritório verde.

“Utilizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para olhar o bioma, as regras do local e assim nos adequamos. O escritório age olhando esses aspectos e vendo onde há o melhor uso das terras e como elas podem ser recuperadas. O escritório verde quer ajudar nos projetos para o produtor para utilizar as melhores áreas e conseguir manejar, produtor rural”, finaliza Liège.

Confira o painel completo