La Niña e crise climática ligam o alerta para a agricultura e outros setores econômicos

A Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) indicou recentemente que aproximadamente 70% de chances da atuação do fenômeno La Niña durante a safra de verão. Segundo o NOAA, as condições são de neutralidade, com tendência de permanecer assim até setembro. “70% de chance durante novembro a janeiro”, afirma. Ainda de acordo com a publicação, o modelo […]

La Niña e crise climática ligam o alerta para a agricultura e outros setores econômicos

A Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) indicou recentemente que aproximadamente 70% de chances da atuação do fenômeno La Niña durante a safra de verão.

Segundo o NOAA, as condições são de neutralidade, com tendência de permanecer assim até setembro. “70% de chance durante novembro a janeiro”, afirma. Ainda de acordo com a publicação, o modelo recente executado a partir do NCEP CFSv2 e do Conjunto Multi-Modelos da América do Norte sugere o início de um La Niña fraco nos próximos meses, persistindo até o inverno de 2021-22. Ou seja, durante os meses de novembro a janeiro, verão no Brasil.

A possibilidade de um novo La Niña levanta preocupações em todo o setor agrícola, sobretudo para a região Centro-Sul do Brasil, que desde o ano passado enfrenta com a seca prolongada e temperaturas acima do esperado pela climatologia.

Para minimizar as perdas, agricultores e instituições precisam entender, diariamente o comportamento climático. Mas como isso é feito?

O Planeta Campo foi até o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o CEMADEN para conversar sobre o tema com especialistas.

Segundo Marcelo Seluchi, pesquisador e meteorologista do CEMADEN, o La Niña é o esfriamento das águas do pacífico, o El Niño é o contrário, é o aquecimento. “Essa mudança de temperatura do oceano se transmite para a atmosfera que modifica os ventos e, consequentemente, a temperatura”, destacou.

Segundo Marcelo Zeri, pesquisador do CEMADEN, as plantas tem algumas fases mais sensíveis. “Então se a seca acontece, ela pode afetar mais ou menos a produtividade no final”, apontou. “A principal ameaça à agricultura é a seca, é a falta de chuva e ás vezes também um impacto importante é o veranico, um período de seca no meio da estação chuvosa”, disse. “Normalmente a gente espera que a estação chuvosa comece e a gente vai ter chuvas regulares por vários meses, mas ás vezes acontece o veranico… que é às vezes um período de uma ou duas semanas de seca no meio da estação chuvosa”, explicou o especialista.