Projeto de Lei vai colocar o Brasil na vanguarda dos biocombustíveis; e o agro tem grande parte nisso

Segundo o vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o país se tornará líder e vanguarda na nova economia da bioeconomia de baixo carbono

O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), apresentou nesta terça-feira (5) aos membros da bancada os principais pontos do Projeto de Lei do “Combustível do Futuro” (PL 4.516/23), que regulamenta toda a questão dos combustíveis no país.

Segundo o parlamentar, o Brasil não apenas se tornará uma potência consolidada, mas também líder e vanguarda na nova economia da bioeconomia de baixo carbono, com o agronegócio desempenhando um papel fundamental nesse cenário.

Arnaldo Jardim destacou que o setor agropecuário, além da produção de alimentos, proteínas e grãos, está se consolidando na geração de energia por meio da bioeletricidade.

“O agronegócio contribuirá significativamente para a transição da economia brasileira de uma base fóssil para uma base sustentável ambientalmente.”

Etanol

A discussão focou em três pontos relevantes para o setor agropecuário: etanol, biodiesel e biometano.

O parlamentar destacou os avanços no uso do etanol, incluindo a ampliação da faixa de variação para até 35% de adição à gasolina, além do uso de etanol de milho e outras fontes.

Arnaldo enfatizou o crescimento do programa de etanol, que agora inclui não apenas a cana-de-açúcar, mas também o milho e outras culturas como o triticale, ampliando a diversificação e sustentabilidade da matriz energética brasileira. Ele ressaltou: “Apresentei um programa muito bem sustentado de etanol; estamos vendo esse programa evoluir”.

A relatoria do deputado Arnaldo recebeu o apoio das principais entidades do setor agropecuário, que reconheceram a importância do projeto para consolidar o Brasil como líder na bioeconomia de baixo carbono.

“Fiquei muito feliz em receber um manifesto de apoio ao projeto e ao parecer apresentado por nós. É um conjunto das principais entidades dos setores de grãos, proteínas e óleos envolvidos na produção de biocombustíveis”, afirmou Jardim.

Biodiesel

Quanto ao biodiesel, o parlamentar comemorou o aumento da mistura para 14%, com previsão de chegar a 20% e até mesmo 25% no futuro. Ele ressaltou o papel fundamental do setor agropecuário na produção desses biocombustíveis, tanto por meio de oleaginosas como a soja, quanto por meio de resíduos da produção de alimentos e celulose.

Biometano

O deputado também explicou o conceito e os benefícios do biometano, destacando sua capacidade de reduzir a emissão de metano e dar uma destinação adequada aos resíduos orgânicos, como os presentes em aterros e na produção agrícola. O biometano surge como uma alternativa promissora, convertendo resíduos orgânicos provenientes da agropecuária em fontes limpas de energia, contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.