O La Niña está mais severo que o previsto?

O fenômeno foi registrado de forma forte entre os anos 1988-1989, de forma moderada entre 1998-2001 e novamente forte entre 2007-2008. Classificado como anomalia climática, tem duração de 9 e 12 meses.

O La Niña está mais severo que o previsto?

Uma onda de calor atinge o Rio Grande do Sul e deve permanecer na região até o fim desta semana. Segundo previsão do Inmet – o Instituto Nacional de Meteorologia, a temperatura máxima na capital Porto Alegre pode chegar a 39 graus, no sábado (15).  O calor fora do comum se deve ao fenômeno La Niña.

Para o coordenador geral de operações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, a justificativa está no fenômeno La ninã. “É um fenômeno de longa duração e que consegue ser previsto com boa antecedência. É o responsável, inclusive, pelas chuvas extremas na Bahia e regiões norte do país e a seca na região Sul”, disse.  

Fenômeno La Niña

Lá Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico em que as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial se resfriam de forma excepcional. Classificado como anomalia climática, acontece, em média, em intervalos de 2 e 7 anos, enquanto entre 9 e 12 meses é o tempo de sua duração.

Apesar disso, já houve registro de ter durado mais do que dois anos. O fenômeno foi registrado de forma forte entre os anos 1988-1989, de forma moderada entre 1998-2001 e novamente forte entre 2007-2008.

Prejuízo na agricultura

O Rio Grande do Sul enfrenta a maior seca dos últimos 17 anos. As altas temperaturas estão trazendo prejuízos para os agricultores. Para se ter uma ideia, dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado mostraram que a seca pode resultar numa perda de 39% das lavouras na região. 

A previsão é que a onda de calor vai diminuir à medida que a massa de ar quente for penetrando o continente. Isso deve influenciar, inclusive, na diminuição das chuvas que atingem os Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Bahia, dando espaço às chuvas típicas de verão: intensas e rápidas.

Assista o programa na íntegra: