Programa de carne sustentável e orgânica se consolida no Pantanal

Projeto já recebeu mais de R$ 5 milhões em incentivos e conta com mais de 40 propriedades cadastradas, além de 55 mil cabeças em produção

Programa de carne sustentável e orgânica se consolida no Pantanal

Em vigor desde 2019, o programa Carne Sustentável e Orgânica do Pantanal já investiu R$ 5 milhões na criação de 55 mil animais seguindo as diretrizes do projeto.

Em participação no programa Planeta Campo, Jaime Verruck, que é secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, contou mais detalhes sobre o projeto que tem o objetivo de desenvolver uma pecuária mais sustentável no bioma Pantanal, que possui, ao todo, mais de 3,8 milhões de cabeças de gado. “Hoje nós temos mais de 40 propriedades já credenciadas, habilitadas e sendo monitoradas em termos de sustentabilidade. E aquele produtor que fizer a rastreabilidade e estiver dentro do selo orgânico, que é do Ministério da Agricultura [Mapa], ele recebe um adicional por cabeça. Essa média tem sido, para o orgânico, em torno de R$ 150 adicionais [por animal]. Então a gente preserva o meio ambiente e cria uma opção de mercado para esse produtor”.

Verruck também explicou como a remuneração dos produtores acontece. “No orgânica, a gente faz uma redução de ICMS para ele em 67% na alíquota de ICMS nas operações internas e ele é remunerado pelo frigorífico. Então nós temos os frigoríficos credenciados, hoje são sete frigoríficos em Mato Grosso do Sul credenciados para abater o animal orgânico, e esse frigorífico, no momento de pagar o seu produtor, pagar o seu animal, ele recebe o adicional referente aos 67% do ICMS, que, em média, está dando hoje em torno de R$ 120 por animal abatido no frigorífico. Então ele recebe isso diretamente na remuneração, no momento que o frigorífico faz o seu abate, mas é uma remuneração que o governo do Estado está permitindo na redução do ICMS em 67%”, detalhou.

O projeto incentiva tanto a produção de carne orgânica, quanto a produção de carne sustentável, que tem menos exigências. “A adesão tem sido extremamente positiva, não só no orgânico, como no sustentável. Alguns produtores entendem que a produção orgânica tem uma exigência muito forte em termos de restrição. Eles fazem uma opção pela produção sustentável, então a produção sustentável também dá um incentivo, menor de 50% do ICMS, então tanto o sustentável quanto o orgânico são incentivados e o nosso objetivo é ampliar de tal forma que em todo o Pantanal as propriedades sejam sustentáveis”, disse Jaime.

Ele também comentou sobre a crescente procura por produtos sustentáveis e orgânicos no Brasil e no mundo. “Nós temos aí no mundo inteiro um forte crescimento da demanda por produtos, principalmente de carne orgânica, então nós estamos posicionando o Pantanal como um bioma sustentável, consolidando a pecuária, que já é uma pecuária secular, de mais de 300 anos nessa região, e levando isso a mercados nacionais e internacionais”, afirmou o secretário.

Confira o programa Planeta Campo com a participação de Jaime Verruck: