Ressonância magnética: da medicina para a análise de proteína animal

Técnica agora pode ser utilizada para avaliar qualidade e teor de gorduras da carne em apenas 60 segundos

Ressonância magnética: da medicina para a análise de proteína animal

A ressonância magnética, que já é bastante conhecida na medicina, agora também pode ser utilizada pela indústria de proteína animal. A Embrapa Instrumentação em parceria com uma startup desenvolveu um equipamento de ressonância magnética nuclear para avaliar características como a qualidade e o teor de gorduras da carne.

“A tecnologia de ressonância magnética é aquele equipamento que existe nos hospitais ou em locais que fazem análises que conseguem ver por dentro do corpo, que faz a imagem do cérebro, a imagem do coração, de qualquer parte do corpo, mas só que lá são aparelhos grandes e muito caros. E para a agricultura, para analisar um alimento, uma peça de carne, ele ficaria inviável do ponto de vista econômico. Então o que foi feito aqui é que nós desenvolvemos um equipamento de ressonância magnética nuclear para que nós consigamos fazer essa análise com baixo custo. Então nós desenvolvemos um equipamento onde a amostra não é um ser humano, mas alguns quilos, algumas gramas de um alimento, onde aquele equipamento gigantesco se transforme em um equipamento de bancada e aí você consegue fazer análises, não exatamente de imagens, mas para medir as propriedades químicas e físicas de um alimento como a carne, por exemplo”, explicou Luiz Alberto Colnago, pesquisador da Embrapa.

A tecnologia permite gerar informações em 60 segundos, sem a destruição da amostra e sem gerar resíduos poluentes.

“Ela tem algumas vantagens, a primeira é que ela é muito rápida. Você coloca uma mostra no aparelho e essa análise pode ser feita em, no máximo, um minuto e a outra vantagem que ela tem é que você não vai gastar nem aquela amostra, você pode ficar com a amostra intacta e você não precisa usar nenhum produto químico para fazer essa análise. E você pode, se, por acaso, ficou na dúvida se houve algum problema, você pode pegar a mesma amostra e refazer a análise”, diz Luiz.

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