Agricultura e futebol se unem para reduzir 1 gigatonelada de CO2 da atmosfera até 2040

Por que não unir as forças que o futebol e a agricultura têm para minimizar os impactos das mudanças climáticas e gerar mais valor no campo?

Agricultura e futebol se unem para reduzir 1 gigatonelada de CO2 da atmosfera até 2040

Por que não unir as forças que o futebol e a agricultura têm para minimizar os impactos das mudanças climáticas e gerar mais valor no campo? 

Na última segunda-feira (11), líderes globais da UPL Ltd e da Fundação FIFA, se reuniram no Palácio Tangará, em São Paulo, para discutir as consequências das mudanças no clima e soluções possíveis para incentivar e apoiar os agricultores na adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis que sequestram carbono da atmosfera. 

O Gigaton Challenge tem o compromisso de reduzir a emissão de 1 gigatonelada – equivalente a 1 bilhão de toneladas – de dióxido de carbono (CO2) do planeta até 2040. A iniciativa deve movimentar o mercado de crédito de carbono e proporcionar aos produtores e comunidades rurais uma fonte secundária de renda. O projeto vai ser implementado até 2024 no Brasil, Argentina, Índia, Estados Unidos e alguns países europeus. A partir de 2025, o Gigaton Challenge deve ser expandido mundialmente. Jai Shroff, CEO Global da UPL, explica porque o programa foi lançado no Brasil. “Acredito que o sucesso de um projeto como esse começando no Brasil é muito maior. O país está transformando o sistema alimentar. Hoje, se o Brasil não fosse capaz de transformar esse sistema, o mundo não teria alimentos suficientes. Você não pode imaginar o quão importante isso é”, diz. 

A projeção da UPL é de que o Gigaton Challenge pode gerar até 15 bilhões de dólares em renda adicional para o setor agropecuário no mundo. Em sua fase inicial, o projeto agregará 1 milhão de hectares. Durante a fase de expansão, mais de 100 milhões de hectares devem ser impactados, o que equivale a área de 100 milhões de campos de futebol.

O papel do setor agrícola nas mudanças climáticas foi amplamente discutido durante um painel que teve a presença da Dra. Fabiana Villa Alves, coordenadora-geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Ministério da Agricultura; Mauricio Cardenas, ex-ministro da economia da Colômbia; Guilherme Scheffer, diretor do Grupo Scheffer; Celso Luiz Moretti, presidente da Embrapa e o presidente da ABAG, Marcello Brito.

Rogério Castro, que representa a UPL no Brasil, reforça o papel da agricultura como uma solução para enfrentar o desafio que a mudança climática representa na sociedade. “A agricultura é o principal parceiro deste grande desafio. O agricultor é o único gestor das plantas, culturas, florestas e dos sistemas de integração que podem ajudar a sequestrar carbono do solo”, afirma o CEO. 

Na próxima Copa do Mundo de 2022 no Qatar, 100% das emissões de CO2 devem ser mitigadas. Esse compromisso foi assumido durante o evento pelo presidente da Fundação FIFA e ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, e Youri Djorkaeff, CEO da Fundação. “É ótimo ver a UPL influenciando e inspirando mudanças sociais positivas para comunidades rurais nas áreas de educação, saúde, igualdade e inclusão. Juntos, assumimos o objetivo de somar forças, que podem transformar o desenvolvimento sustentável em todo o mundo e alcançar o objetivo comum de ter um futuro equilibrado e justo”, reafirmou Djorkaeff.

Fotografia: Marcos Caldo