Tecnologias para aumentar resistência a estiagem são destaque na Expodireto

Soluções como os bioinsumos melhoram a estrutura da planta e reduzem os efeitos do estresse abiótico por falta de água

Tecnologias para aumentar resistência a estiagem são destaque na Expodireto

Durante a Expodireto Cotrijal, um dos principais temas foram as alternativas que podem ser usadas no campo para que as plantas consigam resistir a períodos de estiagem. Sem água o produtor rural deixa de ter a principal ferramenta para o sucesso da lavoura.

Os produtores gaúchos foram castigados durante a última safra com a falta de chuvas. Esse fato relacionado a alta no preço dos fertilizantes fizeram as buscas por soluções como os bioinsumos aumentarem. Esse mercado, inclusive, deve movimentar US$ 10 bilhões até 2025.

“O mercado de bioinsumos e bioestimulantes vem crescendo ano após ano e a gente percebe, inclusive nesse ano que se passou, que é um ano onde a gente teve grandes perdas ocasionadas por estresse abiótico, que no caso foi a seca, que a gente precisa realizar sim investimentos em bioestimulantes, biofertilizantes, fisioativadores, porque quando a gente constrói uma estrutura de planta mais forte, a gente consegue ter uma sustentabilidade, uma sobrevivência por um longo período, mesmo em condições de maior estresse”, afirma Bruna Prior, gerente de marketing Sul da UPL.

Os bioinsumos podem ajudar a planta a resistir por mais tempo até a chegada da chuva. “A medida que eu uso uma ferramenta de bioestímulo, ela acessa mais o solo (…) e outro aspecto importante está relacionado ao cenário da redução do estresse. Então, toda vez que uma planta está numa condição de falta da água, fitotoxidez, excesso de temperatura, excesso de radiação, ela produz espécies reativas de oxigênio, ela gera estresse, assim como a gente. Então dentro desse cenário existem ferramentas para mitigar e reduzir esse custo e isso sim é verdadeiro”, explica Geraldo Chavarria, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).

Os produtores precisam fazer uma espécie de condicionamento biológico no solo, uma técnica fácil e com retorno rápido do investimento. “Se eu conseguir uma flor a mais por planta, com o valor atual da soja, nós estamos falando em algo como R$ 600 a mais por hectare. Então esses são alguns aspectos que eu vejo como de grande relevância: acelerar processos de germinação, melhorar o engajamento, transformar mais flor em fruto e, outra coisa muito importante, é reduzir estresse. A planta é uma empresa e ela funciona da seguinte forma, ela tem que ter o maior lucro bruto e a menor respiração, o menor custo, então, à medida que eu reduzo os estresses com esse tipo de ferramenta, sobra mais recurso para ela e a produção aumenta”, exemplifica Chavarria.

Não é possível prever o clima da próxima safra, mas a tecnologia pode ajudar o produtor a se prevenir para enfrentar cenários adversos. Por este motivo, é importante que os agricultores se mantenham sempre atualizados. “A gente sabe que o nosso agricultor é um ser que precisa estar o tempo inteiro se renovando, sendo resiliente. O ano que vem a gente está aí com o ano todo para a produção agrícola e nós, como companhia, precisamos estar focados em cada vez mais ajudar o nosso produtor na busca da sua maior produtividade e uma produtividade com maior sustentabilidade”, conclui Bruna Prior, da UPL.

Confira a matéria completa: