Um olhar específico para a Amazônia

Caio Magri comenta os resultados do último relatório divulgado pelo IPCC, que pela primeira vez traz resultados específicos sobre a região amazônica

Um olhar específico para a Amazônia

Na coluna desta semana, Caio Magri dá continuidade aos comentários da última semana e analisa os resultados da última parte do relatório divulgado recentemente pelo Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC).

Magri ressalta que a organização reúne os principais cientistas do mundo no assunto. “Órgão de mais alto nível da ONU [Organização das Nações Unidas] para todas as questões científicas de enfrentamento das emergências climáticas”.

O relatório traz, pela primeira vez, um olhar específico para a Amazônia, que engloba nove países na América do Sul, e mostra os impactos sofridos pelos povos da região. “Os indígenas e a população mais tradicional estão no cerne da questão dos impactos que geram vulnerabilidade à exposição, como a mudança de uso da terra, atividades ilegais de desmatamento, mineração, conflitos fundiários que acontecem dentro do seu território e mais os impactos das mudanças do climáticas”, ressalta a especialista Patrícia Pinho sobre os resultados do documento.

Caio também afirma que as ações ilegais trazem muitos prejuízos para a floresta e a sociedade. “Nós temos que lembrar que estamos perdendo biodiversidade e sociobiodiversidade permanentemente”.

No entanto, a boa notícia é que há muitos movimentos engajados para enfrentar esses problemas, tanto de empresas quanto de produtores rurais. Um exemplo disso é o Fórum Amazônia Sustentável, criado em 2007. A entidade vem promovendo o diálogo e ações para encontrar soluções que garantam um desenvolvimento justo e sustentável da Amazônia.

Confira o comentário de Caio Magri na íntegra:

Caio Magri
Caio Magri é graduado em Sociologia pela USP, foi gerente de políticas públicas da Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, além de coordenador do Programa de Políticas Públicas para a Juventude da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (SP). Sob a coordenação de Oded Grajew, integrou a equipe da Assessoria Especial do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Atualmente é presidente do Instituto Ethos e participa como membro dos seguintes conselhos: Transparência Pública e Combate à Corrupção (CGU); Pró-Ética (CGU); Agro + (MAPA); Infra + (MInfra); Rede Nossa São Paulo; Instituto de Apoio a Crianças e Adolescentes com Doenças Renais (ICRIM); Associação São Agostinho (ASA); Instituto Brasileiro de Autorregulação no Setor de Infraestrutura (IBRIC); Instituto Ética e Saúde; e Fundo JBS Amazônia.